racionalidade vs sentimentalismo: que ganhe o melhor

Quero-me agarrar a certas ideias, ideias fixas. Acho que sou feliz, eu sou. Racionalmente sou feliz, a minha cabeça aponta-me todos os elementos que dizem "Ana, tu és feliz!". Mas a felicidade não é racional. Temos pena Ana...


Mas continuo a achar que sou! Às vezes penso na minha maneira de existir. Às vezes apetece-me gritar bem alto "SERÁ QUE SOU UM EXAGERO? ACHAS-ME UM EXAGERO?". É assim que às vezes choro, porque eu choro muito. Antes não chorava assim e era tremendamente infeliz; deve ser por isso mesmo. Penso na forma como as pessoas me vêm, sei lá eu o que pensam elas; "Ana, tu és doida! Ana tu és maluca!" dizem isto tanta vez, e é bom, acho que é um elogio, não sei. E continuo à espera. E eles esperam que eu seja sempre "maluca", sempre a fazer coisas assim, sempre a rir- ser como eu sou, mas qual é o meu problema?! Se eu sou assim, que eles digam que eu sou assim, mas não aceito como aceitava...quero uma coisa diferente. Quero "obrigada", quero "gosto de ti, não deixes de ser assim, seja o assim uma coisa qualquer". É isto, um segredinho segredado ao ouvido de quem quiser ouvir. E a parte racional continua a dizer que sou feliz. Não é que eu não ache que sou feliz, mas acho que me falta alguma coisa, nada em concreto; o que foi já foi- falta talvez o sentimento perceber enfim que a racionalidade está certa e sim Ana, tu és feliz, e sim Ana, vive!
Eu amo mesmo o que tenho, mas falta-me essa compreensão. Um dia. Um "obriagada". Um abraço.

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