Sigur do meu coração

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Eu gosto tanto desta música que o sangue das minhas veias corre mais depressa.
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Á silfur-á
Lýsir allan heiminn og augun blá
Skera stjörnuhiminn
Ég óska mér og loka nú augunum
Já gerðu það, nú rætist saga
Ó nei!!!
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Á stjörnuhraða
Inni í hjarta springur, flugvélarbrak
Oní jörðu syngur
Ég óska mér og loka nú augunum
Já gerðu það, lágfara dans
Allt gleymist í smásmá stund og rætist samt
Opna augun
Ó nei!!!
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Minn besti vinur hverju sem dynur
Ég kyngi tári og anda hári Illum látum, í faðmi grátum
Þegar að við hittumst
Þegar að við kyssumst
Varirnar brenndu, höldumst í hendur
Ég sé þig vakinn
Ég sé þig nakinn
Inní mér syngur vitleysingur
Alltaf þið vaða, við hlaupum hraðar
Allt verður smærra
Ég öskra hærra
Er er við aða, í burtu fara
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Minn besti vinur hverju sem dynur
Illum látum, í faðmi grátum
Ég kyngi tári og anda hári Þegar að við hittumst
Þegar að við kyssumst
Varirnar brenndu, höldumst í hendur
Ég sé þig vakinn
Ég sé þig nakinn
Inní mér syngur vitleysingur
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.Sigur Ros; "inni mer syngur vitleysingur"
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Inside me a lunatic sings
On a silver river
You illuminate the whole world and blue eyes
Cut the starry sky
I make a wish and close my eyes
Yes do that, now begins the story
Oh no
At lightspeed
Inside a heart explodes, an airplane crash
Down on the earth sings
I make a wish and close my eyes
Yes do that, a silly dance
All is forgotten in very little time and yet begins
Open eyes
Oh no
My best friend no matter whatever happens
I swallow tears and breathe hair
A bad break, we cry in each other arms
When we meet
When we kiss
The lips burning, we hold hands
I see you wake
I see you naked
Inside me a lunatic sings
Always rushing, we run quickly
Everything becomes smaller
I scream louder
I'm with a shell, going away
My best friend no matter whatever happens
A bad break, we cry in each others arms
I swallow tears and breathe hair
When we meet
When we kiss
The lips burning, we hold hands
I see you wake
I see you naked
Inside me a lunatic sings
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Esta é a minha Amélia.

As Coisas à noite

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Desenhei, até que (não) me fartei, desenhei até parar um dia, é que apetecia-me mesmo! Sujei-me de carvão, de aguarela, de grafite, de água de pinceis e de chá e bolachas.

A minha mãe perguntou-me, já que passei o fim do dia todo a dizer que queria estar sossegadinha, "Ana, queres uma chávena de chá?". (Gosto quando dizem o meu nome, é que nem reparamos mas chamamos todos por "olha" ou com um gesto)...

Eu bebi o meu chá, queimei-me na língua, como não poderia deixar de ser, e pensei cá para os meus botões: que se dane, que me apetece! E por isso decidi (que eu decido tudo, até o que não vou decidir) que não me importava que horas fossem, ou que estava cansada, ou que faltava um trabalho de português para fazer, apetecia-me desenhar e assim foi. Assim é.

Usei cores, usei cores que não são consideradas "cores" porque são o preto, o cinzento e o branco, usei muitos materiais, preferi os que sujavam mais, porque apesar do trabalho posterior são os que dão mais gozo.

Passavam as músicas de que eu gosto, cada uma com uma história minha, e entrei num transe entre riscar, manchar, criar, ouvir, sentir e nem fazer conta que estou a fazer tudo isto. É a magia das paixões pelas Coisas...




E fui fazer o trabalho de Português e devorar o Brisingr até altas horas, que o livro tem muito bom aspecto! :)

Na verdade foi Sábado, 20 de Setembro de 2008

Sabem o que é melhor do que cantar?
Ouvir.





Nesse dia o mundo tocou-me muito. Nasceu triste e cresceu forte e claro, o sol raiava e enchia-nos de energia - ou, na verdade, apenas a desgastava. Andámos até ao fim do mundo para não o encontrar, o fim, mas sim o início; porque não era uma despedida, era um começo.
Não conto o que aconteceu de tão iluminador, não conto os meios mas sim os fins, é demasiado nosso para abrir as mãos em concha e deixar voar. Resultou dessa tarde um coração adulto, da sua forma criança e insegura que sempre é, porque vestiu-se e armou-se para o que se segue, uma prova aprovada por mim, já que eu quero-a, derradeiramente quero-a. Para quem não percebe digo apenas "Teatro" - umas luzes talvez se acenderão - mas para quem sabe digo "último". O meu último que mais provavelmente dita o que vou querer para as minhas vidas a seguir a esta.
O cerne da questão é não haver sequer questão, está muito clara a dúvida em mim, sabendo que a insegurança terá "Ana"; não preciso de explicar mais. Tirem da cabeça os que pensarem que isso para mim é quque partir para outros portos. Foi isto tudo a crescer e nós numa grande pequena roda, circundados por bichos negros de grandes patas que dançavam e provavam o doce momento que traziamos. "Quem", alquer coisa mais do que é, é para mim tanto mais como tanto menos, pois não é coisa pequena nem coisa a ignorar. É um desafio a quem sou por todos os sentidos possíveis, não julguem, eu julgo-me o suficiente, vou correr, é o último e quero tudo. O desafio será exactamente ter esse tudo sem ter verdadeiramente nada. Muita gente não compreende..."vais onde?' Teatro" "Ah..." mas acho que não se explica, deixa-se cá dentro. Eles não me ensinaram: aprendi.
E a folia (nesse tão complexo e multifacetado sentido) continuou por ruas de Sintra, por montes lá ao longe a transbordar de sol, o céu de arco-íris, as pétalas de rosa no chão - e posteriormente nas caixas de correio,- a casa de escritor, a minha rua, a minha vida, a minha gente, a casa dela como sempre, nós, eles, todos. (Reticências)