"Inni Mer Syngur Vitleysingur"

Cortei o cabelo. Sim sim, cortei!
Gosto.


Faz-me sentir diferente. Claro que se pintasse ia dar no mesmo, ou até mesmo não fazer nada, depende do estado de espírito...é que agora estou no 12º ano. O tempo passa tão, mas tão depressa! Aproveitemos todos! Neste momento estou feliz, neste momento 16h43 do dia 26 de Agosto de 2008. Estou a ouvir "Inni Mer Syngur Vitleysingur" dos Sigur Ros, estou a pensar que amanhã vou passar uma semana com o meu irmão, nós todos juntinhos em família; tenho saudades dele. E a pensar que tenho muitos abraços para dar, e que tenho o cabelo cortado, e que há de estar bom tempo e que agora estou a tentar usar cores que não o preto. Vou ter um ano em cheio, muito cheio mesmo, mas muito bom, o último ano do resto da minha vida. Já pensei e decidi estudar bastante desde o início, ter as notas que eu quero, ter a vida que eu quero, ser muito feliz, arranjar um amor se assim se propiciar, dedicar-me aos amigos, dar-me bem com os de cá de casa, ajudar mais, dar mais de mim. Quero sorrir sempre e chorar de vez em quando, sair muito, ficar muito em casa, dançar com paixão, ter um papel desafiador na próxima peça, saber o que quero para mim, rir-me como sempre com os do meu coração, ouvir muita música, continuar a querer que a minha vida fosse um videoclip, ter esperança que os Coldplay venham a Portugal, rejubilar-me porque os Sigur Ros vêm, comer melhor, desenhar mais e melhor, preparar-me para o que vier, brincar, querer, esperar, amar, viver,

EU VOU SER ASSIM!!
porque as resoluções de Ano Novo fazem muito mais sentido agora...

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Trindade(s)

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Tem toda a tua alegria
um riso enorme e profuso.
Correr livre,
vento,
corres nas asas do mundo.
Abraças tempos infindáveis,
esqueléticos de amor
que de ti soltas,
vagueias.
Passas as mãos vazias,
cheias,
pelo meu cabelo;
enfeitas-me, tornas-me laço
tornas o medo em céu estrelado
tornas-me minha e tua.
Vives e sonhas
diluvios de noites de verão,
que eu pouso a cabeça no teu colo
e tu a tua no meu coração.
Sejamos sempre assim
cor com cor
nossas mãos cruzadas
na cruzada do amor.

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Escrituras em Arial

São raras as águas.
São poucas as madeixas de luz que se deixam entrar.
São vidas as vidas que queimam o espírito
e que abraçam o escondido
e que deixam deslumbrar.
São tristes as desilusões
de mãos dadas com o olhar,
as meninas que choram
e que demoram
só por poderem se demorar.
São assim tão presas as imagens que eu quero ver
que eu quero sentir,
que me situam.
São os beijos perdidos, queimados;
recuam.
Quero o que não queria
mas continuo sem saber o que querer
continuo solta no vento
sem ninguém para me prender.
E sorrio porque até sei que só me falta uma coisa
e uma coisa apenas;
um sorriso só meu
de ti e de mim
de ti não sei quem és,
mas o meu está lá.
São os passos que darei
numa perspectiva que mudou,
"Ilha na Rua dos Pássaros"
destroços que o mundo levou
com as bombas e armas de brincar;
brincadeiras pequeninas
laços soltos no mar.

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racionalidade vs sentimentalismo: que ganhe o melhor

Quero-me agarrar a certas ideias, ideias fixas. Acho que sou feliz, eu sou. Racionalmente sou feliz, a minha cabeça aponta-me todos os elementos que dizem "Ana, tu és feliz!". Mas a felicidade não é racional. Temos pena Ana...


Mas continuo a achar que sou! Às vezes penso na minha maneira de existir. Às vezes apetece-me gritar bem alto "SERÁ QUE SOU UM EXAGERO? ACHAS-ME UM EXAGERO?". É assim que às vezes choro, porque eu choro muito. Antes não chorava assim e era tremendamente infeliz; deve ser por isso mesmo. Penso na forma como as pessoas me vêm, sei lá eu o que pensam elas; "Ana, tu és doida! Ana tu és maluca!" dizem isto tanta vez, e é bom, acho que é um elogio, não sei. E continuo à espera. E eles esperam que eu seja sempre "maluca", sempre a fazer coisas assim, sempre a rir- ser como eu sou, mas qual é o meu problema?! Se eu sou assim, que eles digam que eu sou assim, mas não aceito como aceitava...quero uma coisa diferente. Quero "obrigada", quero "gosto de ti, não deixes de ser assim, seja o assim uma coisa qualquer". É isto, um segredinho segredado ao ouvido de quem quiser ouvir. E a parte racional continua a dizer que sou feliz. Não é que eu não ache que sou feliz, mas acho que me falta alguma coisa, nada em concreto; o que foi já foi- falta talvez o sentimento perceber enfim que a racionalidade está certa e sim Ana, tu és feliz, e sim Ana, vive!
Eu amo mesmo o que tenho, mas falta-me essa compreensão. Um dia. Um "obriagada". Um abraço.

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Estudo do Meio




Na praia. Olhei para o mar e pensei "o mar parece azul. É por causa do reflexo do céu." Sim, e o céu, porque é que é azul?

Trocando por míudos: O céu é azul por causa da luz, da cor e o seu respectivo comprimento de onda. Se bem me consigo explicar, a luz que vem do sol (digo eu...) chega à Terra em alturas diferentes; a uma dada altura do dia, por exemplo o meio-dia, o comprimento de onda da cor azul chega mais depressa ao nosso planeta, então a essa hora chega e instala-se, enquanto que ao pôr-do-Sol, por exemplo, o comprimento de onda da cor vermelha chega mais depressa à Terra, daí o tom avermelhado no céu.


E pronto, acho que é isto.
Estou aberta a explicações mais coerentes e precisas.

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