terça-feira

Não são precisas imagens. Não é preciso papel. Não é preciso dizer das alegrias das palavras. Todos os gestos foram gestos e tiveram a sua importância, todos os passos corridos valeram. Os caminhos percorridos foram eles mesmos, sem tirar nem pôr. Mas nem por isso as coisas deixaram de ter a sua graça, o seu estado mais puro. As intenções continuaram lá, naqueles bancos em que nos sentámos; os pombos continuam lá. Haverá sempre a bandeira lá mesmo em cima, a dizer adeus aos que passam. A vida continuará, mas mudará, pois todos os segundos contam. O efeito é borboleta.

5+5



Dez. São dez os dedos das mãos, são dez os mandamentos. São dez os momentos em que respiramos a sério, são dez os piscares de olhos. São dez os segredos que temos para contar, são dez os sorrisos que nos marcam. São dez os nossos maiores sonhos, são dez aqueles que não queremos perder. São dez as mãos que nos agarram para não cairmos, são dez as letras e palavras que ansiamos. São dez os batimentos do coração, são dez as vidas que queremos, mas não podemos. São dez, queremos dez, precisamos de dez. São dez. Dez é par. São dez.

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"...on a bad day...looking for the great escape."
Patrick Watson

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comboios


Pequenas palavras. Palavrinhas suaves, quadras redondas em versos quadrados. Coisas com sentido que não fazem sentido ou coisas sem sentido que fazem todo o seu sentido. Apoios que pairam e agradecemos com um pé à frente do outro. Mangas de camisa para nos limparem as lágrimas, sorrisos que dizem que está tudo bem. Comboios que passam e que sabemos que sempre passarão. Os amigos são isto. Sem eles, o que mais?

piada nº2

O que acontece quando se mistura um rato com o Pedro Abrunhosa?




- um rato com óculos escuros!!!






AHAHHAHA

piada nº1

O que é que diz um porquinho mealheiro para outro??



- Empresta-me dinheiro se faz favor.







AHAHAHAHAHHAAHHAHAAHAH
(vá lá, fui eu que inventei...) =D

Amanhã será sempre depois.











Amanhã rimos. Amanhã brincamos. Amanhã sonhamos. Hoje perdemo-nos, o ontem de hoje já passou. A vida ficou para trás, andamos às voltas com ar nas mãos. Deixamos cair o hoje para dizermos que tudo ficará bem, gatinhamos no dia a seguir para recuperar o brinco perdido ontem. Mas quando hoje perdemos o outro brinco, deixamo-lo estar e procuramos amanhã. Não saimos da roda viva do futuro não presente, das emoções que deviamos sentir na altura e que não o fazemos. Estamos tão cheios do vazio do hoje que o que desesperadamente queremos só chega amanhã. Então sentimos que foi para nada, a pressão foi estupida, futil. Não percebemos que esse vazio nos empurrava para uma corrente de ar que podia ser benigna e não maligna. Que podiamos voar com esse empurrão para sítios mais frescos, que podiamos ser quem queremos. Mas estamos fechados na pressão, no dia do amanhã. Hoje, a única coisa que conseguimos é chorar, perder forças. Mas já sabemos que amanhã o choro está lá, pois o amanhã é o dia seguinte de hoje. Amanhã rimos. Amanhã brincamos. Amanhã sonhamos. Amanhã choramos.